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LONGA É A ARTE, TÃO BREVE A VIDA

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sexta-feira, 11 de julho de 2008

Iemanjá, de Romanelli.

Disse o filósofo das artes para o povo que se juntava:
- Nenhum artista verdadeiro e fiel cria uma obra para colocá-la longe do alcance das pessoas; pelo contrário, a cria para que seja exposta a todos.
E completou logo em seguida:
- Nenhum artista, depois de ter criado a obra, deseja que a mesma fique coberta ou escondida sob um véu escuro.
Um homem do povo ergueu a mão e perguntou:
- E se o desejo do artista for colocar a arte sob este véu?
O filósofo respondeu com firmeza de posição:
- Se assim o deseja, tal artista não passa de um falsário e egoísta, pois priva os demais do conhecimento, da ciência, da religião, da fantasia, da linguagem artística, e de tudo o que diz respeito ao processo humano.
- Por quê? - perguntou outro homem do povo.
- Porque a arte é universal, disse o filósofo.
E todos que ali estavam perceberam que a arte não é particular.

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