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LONGA É A ARTE, TÃO BREVE A VIDA

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sábado, 18 de outubro de 2008

Interior com Flores, de Jefferson Bianchi.

Série Primavera Brasileira
Nenhum artista deve excluir da obra a fantasia ou a realidade, porque ou a obra será provavelmente pura emoção e nada racional, ou será pura razão e nada emocional. Não deve excluir alternadamente a um e a outro.
Então, aproximou-se do artista um rapaz e disse:
- Bom pintor, o que faz sua pintura ser uma obra de arte?
Respondeu o homem:
- Por que me chama de bom pintor? Boa, a Arte é. Se deseja conhecê-la, guarda os fundamentos.
Que fundamentos? - indagou o jovem rapaz.
Disse o pintor:
- Não é coisa que se faça irrefletidamente; não é mero prazer; não é tolerância e nem é rejeição; deixe-se contagiar pelo mesmo sentimento que o artista experimentou.
O jovem lhe fez nova pergunta:
- Tenho lido sobre a arte desde que comecei a observá-la com mais destreza. O que me falta para defini-la?
Disse o pintor:
- Se quer realmente sua definição, melhor será atirar-se ao precipício. Não percebe o grande engano em que a humanidade está? A falsificação, a corrupção, os vícios, os prazeres inúteis e a distância do homem de seu próprio espírito?
Ouvindo tais palavras, o rapaz se afastou cabisbaixo e pensativo porque estava completamente pervertido pelas falsidades e opulências do mundo.
O pintor então refletiu:
- Precisa-se conhecer o engano em que estamos e não mais insistir nele.
E refletiu mais um pouco:
- Talvez, no futuro, a arte consiga unir a ciência, a religião e o homem, fraternalmente, num só objetivo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Bom dia!

Obrigado.

Jefferson Bianchi.